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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Nordestinos e as empregadas domésticas - Gilberto Dimenstein

Uma das boas notícias brasileiras é a escassez crescente de empregadas domésticas, muitas vezes tratadas com desrespeito e com poucos direitos. Isso porque atualmente as mulheres têm mais educação e preferem melhores empregos. Fala-se até que, assim como nos países mais desenvolvidos, a empregada doméstica começa a virar no Brasil uma espécie em extinção. Na cidade em que moro aqui nos Estados Unidos (Cambridge) tenho de pagar R$ 100,00 por duas horas -e agendar com antecedência.
Há uma tendência, também muito positiva, por trás da escassez da doméstica no Brasil, mas pouco falada. Por causa do avanço econômico combinado com projetos sociais, menos gente está saindo do Nordeste, reduzindo o fluxo migratório. Mais gente sai do que entra em São Paulo, por exemplo.
A mudança do fluxo migratório combinada com a redução da taxa de natalidade, crescimento da renda e do nível educacional, vai mostrando extraordinários efeitos. Melhorar as cidades será cada vez menos difícil.  

Fonte: Folha.com

Gilberto Dimenstein, 54, integra o Conselho Editorial da Folha e vive nos Estados Unidos, onde foi convidado para desenvolver em Harvard projeto de comunicação para a cidadania.

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